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Agentes ambientais comunitários passam de 100 pessoas no Pará

19/08/22
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Nova turma com 33 voluntários recebeu as capacitações entre março e agosto, em Monte Alegre. Iniciativa estimula que comunidades participem ativamente da gestão do território

Nova turma no Parque Estadual Monte Alegre

Uma turma recém-formada de 33 voluntários na defesa socioambiental da Amazônia se juntará aos 86 que já atuam nos seus territórios por meio do Programa Agentes Ambientais Comunitários (PAAC). Após participarem de curso com módulos sobre legislação, áreas protegidas, educação ambiental, resolução de conflitos, monitoramento com uso de GPS e drone, combate a incêndios, sobrevivência na selva e primeiros socorros, os novos integrantes agora têm pela frente pelo menos um ano de trabalho para implementarem melhorias para suas comunidades.

A nova turma recebeu as capacitações entre março e agosto e reúne moradores de 12 comunidades da Área de Proteção Ambiental (APA) Paytuna, localizada no município de Monte Alegre, no Norte do Pará, que circunda o Parque Estadual Monte Alegre (PEMA). O PEMA é uma unidade de conservação de proteção integral que abriga as pinturas rupestres mais antigas da Amazônia, datadas de 11 mil anos, importante sítio arqueológico, histórico e cultural. A iniciativa é do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio).

O curso ocorreu no Centro de Visitantes do PEMA, totalizando 104 horas de aulas teóricas e práticas. Além do módulo básico, que pode ser consultado na publicação do

Aulas de GPS orientam moradores sobre defesa do território

Engajamento comunitário

A turma recém-formada seguirá atuando de setembro de 2022 até agosto de 2023, com a implementação do plano de trabalho. O documento é um compromisso firmado entre os comunitários para garantir a execução das atividades, após a etapa de aulas modulares. Segundo Renan Moura, consultor que mediou a atividade, o plano reúne as ações necessárias para cada comunidade, como, por exemplo, a implementação de sistemas agroflorestais (SAFs) para ampliar a geração de renda em pequenas áreas, de forma sustentável.

“Estimulamos os sistemas agroflorestais para geração e diversificação de renda, pois são modelos de cultivo formados por várias espécies diferentes, ao contrário das monoculturas. Além disso, os SAFs contribuem para a recuperação de áreas degradadas”, explica Renan.

Nessa turma, além da área ambiental, foram incluídos outros temas no plano de trabalho como: palestras sobre drogas, que devem ser realizadas em parceria com a Polícia do Pará, e gravidez precoce. “Por mais que o curso seja voltado para capacitação na área ambiental, temas sociais relevantes para as comunidades podem ser abordados também pelos agentes ambientais”, ressalta Renan.

Programa Agentes Ambientais Comunitários (PAAC)

O Programa Agentes Ambientais Comunitários é uma ação de voluntariado criada em 2016 pelo Imazon e Ideflor-Bio na qual moradores de comunidades são capacitados para atuarem como gestores dos territórios onde vivem. Baseado em experiências de outras unidades de conservação do Brasil e do exterior, o Programa já formou comunitários na Floresta Estadual de Faro, na Área de Proteção Ambiental da Ilha do Combu, no Território Quilombola do Ariramba, na Área de Proteção Ambiental Paytuna e em comunidades ribeirinhas do entorno da Floresta Nacional Saracá-Taquera, todas na amazônia paraense.

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