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APA Triunfo do Xingu, no Pará, foi a área protegida da Amazônia mais pressionada pelo desmatamento no primeiro trimestre

18/05/22
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Terra Apyterewa, alvo de invasões de grileiros nesta semana, foi o terceiro território indígena sob maior pressão no período

Imagem de 2020 já mostrava área de garimpo ilegal na APA Triunfo do Xingu em 2020 (Foto: Semas/PA)

A Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu foi o território protegido da Amazônia mais pressionado pelo desmatamento no primeiro trimestre deste ano. E a terra Apyterewa, alvo de invasões de grileiros nesta semana, foi o terceiro território indígena sob maior pressão no período. O levantamento integra o estudo “Ameaça e Pressão de Desmatamento em Áreas Protegidas”, publicado trimestralmente pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Com uma metodologia que olha o número de ocorrências de desmatamento, e não a área total desmatada, a pesquisa serve para alertar os órgãos públicos sobre quais são os mais pressionados e ameaçados pela devastação. E, consequentemente, os que podem ter as maiores áreas destruídas caso ações não sejam tomadas. O estudo classifica como pressão as ocorrências de derrubada da floresta que acontecem dentro das áreas protegidas e como ameaça as registradas ao redor, a uma distância de até 10 km. E, entre os estados, o Pará foi o que teve o maior número de áreas protegidas em ambos os rankings, com metade dos territórios mais ameaçados e pressionados. Situação que tem se repetido nos últimos estudos.

“O Pará é frequentemente um dos estados que mais apresentam áreas protegidas ameaçadas e pressionadas. Caso as informações disponíveis fossem utilizadas para a proteção desses territórios, essa devastação poderia ter sido evitada”, afirma Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon.

Áreas protegidas sob maior pressão 1ª - APA Triunfo do Xingu (PA) 2ª - APA do Tapajós (PA) 3ª - TI Cachoeira Seca do Iriri (PA) 4ª - Resex Jaci Paraná (RO) 5ª - Resex Chico Mendes (AC) 6ª - TI Waimiri Atroari (AM/RR) 7ª - APA Caverna do Maroaga (Presidente Figueiredo) (AM) 8ª - APA do Lago de Tucuruí (PA) 9ª - Esec da Terra do Meio (PA) 10ª - PES de Guajará-Mirim (RO)

Áreas protegidas sob maior ameaça 1ª - Flona do Aripuanã (AM) 2ª - TI Trincheira/Bacajá (PA) 3ª - TI Waimiri Atroari (AM/RR) 4ª - Flona do Jamanxim (PA) 5ª - TI Baú (PA) 6ª - Parna Mapinguari (AM/RO) 7ª - TI Cachoeira Seca do Iriri (PA) 8ª - TI Trombetas/Mapuera (AM/PA/RR) 9ª - Flona do Iquiri (AM) 10ª - FES do Rio Gregório (AC)

Alvo de grileiros, Apyterewa foi a 3ª terra indígena mais pressionada

No ranking apenas das terras indígenas sob maior pressão, ou seja, com o maior número de ocorrências de desmatamento dentro de suas áreas, a Apyterewa ficou em terceiro lugar. Com todo o seu território no município paraense de São Félix do Xingu, um dos mais críticos em relação ao desmatamento, essa terra foi alvo de novas invasões de grileiros nesta semana. O que é uma grave ameaça à vida do povo Parakanã, que vive no local.

Em primeiro lugar ficou a terra indígena Cachoeira Seca do Iriri, também no Pará. A maior parte de seu território é localizado em Altamira (76%), e o restante nos municípios de Placas (17%) e Uruará (7%). No local, vive o povo Arara. Terras indígenas mais pressionadas 1ª - TI Cachoeira Seca do Iriri (PA) 2ª - TI Waimiri Atroari (AM/RR) 3ª - TI Apyterewa (PA) 4ª - TI Alto Rio Negro (AM) 5ª - TI Karipuna (RO) 6ª - TI Manoá/Pium (RR) 7ª - TI Médio Rio Negro I (AM) 8ª - TI Moskow (RR) 9ª - TI Raposa Serra do Sol (RR) 10ª - TI São Marcos (RR)

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